sexta-feira, 3 de abril de 2015

1º Sarau Cultural de Carmo do Cajuru

imagem sarau cultural carmo do cajuru

Carmo do Cajuru se prepara para o 1º Sarau Cultural


A Secretaria de Educação e Cultura, por meio da Diretoria de Cultura, prepara para este mês de abril o 1º Sarau Cultural, em comemoração ao “Dia do Livro”.

O espetáculo acontecerá no dia 23 de abril de 2015, às 19h, no Auditório Dona Lúcia Guimarães – que fica na Rua Treze de Maio, nº 220, bairro Tupy.

Fonte: http://www.carmodocajuru.mg.gov.br

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Encomendação de Almas para o Ano de 2013


13/02 – Inicio da Caminhada – saída em frente à Igreja de São Francisco de Assis
15/02 – Saída em frente à Capela de São Benedito
20/02 – Saída em frente à Capela de Nossa Senhora do Rosário de Fátima
22/02 - Saída da Igreja de Nossa Senhora do Líbano
27/02  - Saída da Praça do Cruzeiro
01/03 – Comunidade de Ribeiros (pontualmente às 22 horas)
06/03 – Saída do Poliesportivo
08/03 – Saída do Bairro Vitória
13/03 – Saída da Praça da Estação
15/03 -  Saída do Bairro Tupy
20/03 – Saída em frente à Caixa D’água do Bairro Adelino Mano
22/03 – Saída da Praça da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo
Saída sempre às 22h45min. Exceto dia 01/03

terça-feira, 27 de março de 2012

Coral Nossa Senhora do Carmo

O Coral de Nossa Senhora do Carmo tem sede na cidade de Carmo do Cajuru e tem como maestro Edson de Souza Vilela. Este, juntamente com a Paróquia Nossa Senhora do Carmo são os responsáveis pela corporação. O grupo faz apresentações musicais em diversos momentos durante o ano no interior da Igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo, em outros templos e espaços públicos da cidade. O coral participa de todas as celebrações religiosas como a Semana Santa, Festa da padroeira e casamentos. O grupo conta com uma infraestrutura básica para existir, como um local para ensaiar, instrumentos musicais, uniforme e apoio da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo de Carmo do Cajuru1

DADOS HISTÓRICOS
A antiga orquestra do coro da igreja se transformou nos atuais corais. Era uma coisa linda, formada de cantores e instrumentistas. Dava-se vontade virar para traz, para ficar olhando aquele espetáculo. Entretanto, o povo não participava. Com o coral na frente do poço, perto do altar, todo mundo participa (DIOMAR, 2000, p.214).
O Coral de Nossa senhora do Carmo é remanescente dos antigos coros da Matriz do Carmo do Cajuru. Acredita-se que a tradição de corais na cidade tenha, aproximadamente, mais de 100 anos. Com a nominação de Coral de Nossa Senhora do Carmo, o grupo tem mais de 60 anos2.
Padre Guilherme Nunes de Oliveira, que tomou posse na paróquia de Carmo do Cajuru em 25 de dezembro de 1875, gostava muito de música e incentivava a população a cantar, tocar e assistir os espetáculos que eram sempre voltados às celebrações religiosas. Ele
Foi músico também, [...] Tocava diversos instrumentos musicais, tais como a viola e o violino. Foi ele quem organizou a primeira Banda de Música de Carmo do Cajuru, sendo o seu regente. E o seu trabalho produziu tanto, que tínhamos duas Bandas de Música (V. Arte e Recreação) (DIOMAR, 2000, p.63).
Outro músico importante que passou pela cidade foi Francisco da Costa Milagres. Ele, egresso do Rio de Janeiro, ensinou música para muitos cajuruenses e formou diversos regentes. “Foi ele quem divulgou [...] os Motetos dos Passos”, de autor desconhecido, fazendo arranjos para a banda de música e para a orquestra. Até hoje esses motetos são tocados durante a Semana Santa” (DIOMAR, 2000, p.211)3.
E é justamente por isso que Edson de Souza Vilela, atual maestro do Coral de Nossa Senhora do Carmo, acredita que Carmo do Cajuru tenha tido tanto zelo com a música4. Sem precisão de datas, sabe que os cantores mais antigos do coro da Igreja foram José Epifanio Pereira, João Gomes Diniz, João Evangelista de Sousa, Augusto Celso da Fonseca, Maria Etelvina, Maria Carmo do Cajuru, Balbina Virgínia Maia e Dionísia. Maria de Lourdes Schimer Passos cantava, tocava harmônio, regia e compunha. (DIOMAR, 2000, p.63, 210, 211, 214)5.
Pelos idos da década de 1950 os integrantes do grupo musical eram Jehovah Guimarães e Jacinto Guimarães que tocavam no coro. Havia as cantoras e os instrumentistas que tocavam clarineta, violino, harmônio, dentre outros. Logo entraram no coral Vicente Dias Barbosa que tocava piston e violar, e Lalia Guimarães que tocava harmônio. A partir da década de 1970 fizeram também parte do Coral de Nossa Senhora do Carmo José Passos, dona Mariinha do Firmino, Senhor Ladico do Messias no violino; Isabel Salomé que era cantora, dona Lalia Guimarães que tocava harmônio, Jacinto Guimarães, José Salomé que era instrumentista, Aquiles e Edson de Souza Vilela como cantor. Nesta época os instrumentos utilizados eram, basicamente, violinos, violão e harmônio (DIOMAR, 2000, p.213- 215)6.
Atualmente o coral é regido pelo maestro Edson de Souza Vilela e conta com 35 participantes, entre homens e mulheres, que cantam e tocam instrumentos. O grupo faz suas apresentações, especialmente no interior da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo, para abrilhantar os diversos eventos religiosos da cidade7.

INFORMAÇÕES DESCRITIVAS
O Coral de Nossa senhora do Carmo constitui-se em um grupo composto por 40 participantes, do sexo masculino e feminino, de idades que variam de 30 a 70 anos. O grupo é munido de pessoas que cantam e de participantes que tocam instrumentos. São sopranos, contrautos, tenores e baixos. Eles executam canções regidas por um maestro, Edson de Souza Vilela. Os integrantes podem ser mencionados o regente Edson de Souza Vilela e os cantores Célio cordeiro, Antônio Cordeiro, Edson Cordeiro, Geraldo Arcanjo, Camilo, Senhor Chico, Celso, Edson Nogueira, Geraldo Arcanjo, Geraldo Mariano, Geraldo Preto, Senhor Geraldo, Lucimar, Giovanni Ferrari, Alzira Maria, Ana Maria, Dirce, Diva, Gabriele Ferrari, Geralda Arcanjo, Geralda Gonçalves, Glória, Helena, Iolanda, Isabel Cristina, Isabel Maria, Laudelina, Laurinda, Leonina, Leninha, Maria da Conceição, Maria das Graças, Maria do Carmo, Marina, Marlene, Neuza Nogueira, Nina Salomé, Sudária e Vicentina8.
Nos momentos das apresentações o regente fica disposto à frente dos instrumentistas e cantores fazendo movimentos com a mão que é guiada pela leitura das partituras. Os cantantes e os instrumentistas ficam assentados sobre as cadeiras, ou de pé, um ao lado do outro e enfileirados, um atrás do outro, munidos das partituras e instrumentos. A disposição de cada membro tende a seguir muito a tipologia dos instrumentos, que são agrupados por naipes ou famílias e o tom de voz de cada cantante. Entre os instrumentos utilizados pelo Coral podem ser mencionados a flauta transversal, clarineta, trompete ou piston e o violino. Estes instrumentos ficam sob a guarda dos membros e o violino sob a guarda da paróquia. Eles também utilizam uniformes que são jalecos na cor bege. Esta vestimenta é financiada por cada integrante do coral e a guarda também fica a cargo dos mesmos9.
Há apresentações musicais em diversos momentos durante o ano. O Coral participa de todas as celebrações religiosas como a Semana Santa, onde executa os motetos, a Festa da padroeira e casamentos. Os recursos para manutenção vêm dos próprios músicos. A Paróquia de Nossa Senhora do Carmo apóia no sentido de ceder um espaço para os ensaios, que ocorrem uma vez por semana no interior da Matriz ou no Centro Pastoral, situados à Praça Vigário José Alexandre, s/n10

NOTAS:1 a 10  Edson de Souza Vilela. Entrevista, abr./2011.
Levantamento (Abr/2011): Deyse Marinho (Historiadora).
Elaboração (Abr/2011): Deyse Marinho (Historiadora) / Patrícia Soares (Arquiteta Urbanista).

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Patrimônio Imaterial

A Constituição Federal de 1988, nos artigos 215 e 216, estabeleceu que o patrimônio cultural brasileiro é composto de bens de natureza material e imaterial, incluídos aí os modos de criar, fazer e viver dos grupos formadores da sociedade brasileira. Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas e nos lugares, tais como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas.

Essa definição está em consonância com a Convenção da Unesco para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, ratificada pelo Brasil em 1° de março de 2006, que define como patrimônio imaterial "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural".

Enraizado no cotidiano das comunidades e vinculado ao seu território e às suas condições materiais de existência, o patrimônio imaterial é transmitido de geração em geração e constantemente recriado e apropriado por indivíduos e grupos sociais como importantes elementos de sua identidade.

Com base no conceito antropológico de “cultura” e nas idéias de “dinâmica” e “referência cultural”, a noção de “bem cultural de natureza imaterial” foi assim introduzida na prática de preservação referindo-se àquelas criações culturais de caráter dinâmico e processual, fundadas na tradição e manifestadas por indivíduos ou grupos de indivíduos como expressão de sua identidade cultural e social.

Até o ano 2000, no entanto, não havia no país legislação específica voltada para a salvaguarda desses novos tipos de bens culturais que compõem o chamado patrimônio imaterial. A possibilidade de criação de um instrumento legal voltado para a sua salvaguarda começou a ser delineada em 1997, quando ocorreu o Seminário Internacional “Patrimônio Imaterial: estratégias e formas de proteção”, realizado por ocasião do aniversário de 60 anos do Iphan. Esse Seminário produziu como documento final a Carta de Fortaleza, que recomendou ao Iphan a realização do inventário desses bens em âmbito nacional, a integração das informações então produzidas ao Sistema Nacional de Informações Culturais e a criação, pelo Ministério da Cultura, de grupo de trabalho para desenvolver os estudos necessários para propor a edição de um instrumento legal dispondo sobre a criação do instituto jurídico denominado registro.

Em atendimento a essas recomendações, em 1998 foram criados uma Comissão composta por membros do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural e o Grupo de Trabalho Patrimônio Imaterial (GTPI). Ao final de suas atividades, o GTPI apresentou a proposta técnica do Decreto n° 3551, de 04 de agosto de 2000, que criou o registro de bens culturais de natureza imaterial e o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI).

Entre 2000 e 2004, o Iphan elaborou e testou a metodologia do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) e realizou duas experiências de registro: o registro do Ofício das Paneleiras de Goiabeiras e o da Arte Kusiwa dos índios Wajãpi do Amapá, que também foi declarada Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade em 2003. Nesse mesmo período, o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI) foi implantado, inaugurando o fomento às experiências de inventário com o Projeto Celebrações e Saberes da Cultura Popular, executado pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP), incorporado ao Iphan em 2004.

Uma política de salvaguarda mais estruturada e sistemática foi, enfim, implementada pelo Iphan a partir da criação do Departamento do Patrimônio Imaterial (DPI) em 2004. Apoiando-se em três diretrizes básicas, essa política foi organizada segundo uma série de medidas voltadas para a produção de inventários e registros, além de medidas de apoio e fomento que visam a garantir o status e o suporte econômico das atividades e práticas vinculadas ao patrimônio imaterial.

A primeira diretriz propõe investir, prioritariamente, no mapeamento, no inventário, na documentação e no reconhecimento da diversidade de expressões culturais existentes no território nacional. A segunda diretriz busca melhorar as condições sociais, materiais e ambientais que promovem a continuidade desses bens culturais e a terceira diz respeito ao desenvolvimento das bases conceituais, técnicas e administrativas necessárias ao trabalho de salvaguarda, ou seja, ao investimento na capacitação de estruturas institucionais.

Essas diretrizes refletem a opção pela construção de uma política de salvaguarda que tem como pilares a documentação e a produção de conhecimento e que aborda o patrimônio cultural no contexto social e territorial onde se desenvolve, contemplando as condições sociais, materiais e ambientais que permitem sua manutenção e reprodução. Seu objetivo é realizar a identificação, o reconhecimento, a salvaguarda e a promoção da dimensão imaterial do patrimônio cultural a partir de um diálogo entre Estado e sociedade e em um esforço conjunto com os grupos e indivíduos que detêm esse patrimônio e que são considerados, por isso, sua primeira instância de reconhecimento e os reais responsáveis pela sua salvaguarda.

Diante da grandeza territorial e cultural do país, a implementação dessa nova política está orientada por ações que buscam promover: i) o reconhecimento da diversidade étnica e cultural do país; ii) a descentralização das ações institucionais para regiões historicamente pouco atendidas pela ação estatal; iii) a ampliação do uso social dos bens culturais e a democratização do acesso aos benefícios gerados pelo seu reconhecimento como patrimônio cultural; iv) a sustentabilidade das ações de preservação por meio da promoção do desenvolvimento social e econômico das comunidades portadoras e mantenedoras do patrimônio; e v) a defesa de bens culturais em situação de risco e dos direitos relacionados às expressões reconhecidas como patrimônio cultural.

Instrumentos

Os instrumentos utilizados para a salvaguarda dos bens culturais de natureza imaterial foram construídos e aplicados levando em consideração a natureza processual e dinâmica dos bens culturais denominados imateriais. Esta dinâmica demanda  procedimentos adequados ao reconhecimento e à  salvaguarda desses bens, de modo a viabilizar a construção de um patrimônio cultural brasileiro, integrado e integrador da diversidade, que nos identifica e constitui como nação.